quarta-feira, 30 de julho de 2014

Recordações de uma viagem

Exatamente há dois anos, eu viajava ao Peru. Na comemoração das “Fiestas Pátrias” (28 de Julho), eu estava lá, em Puno – fascinada com aquela festa tão patriótica, com o povo simples e tão rico quanto à cultura, ao respeito à pátria, ao passado, à memória Inca e à preservação das coisas e ensinamentos do passado. Ser peruano talvez seja um pouco disso: respeito e orgulho ao que é. 
Do meu regresso ao Brasil, restou um sentimento: a saudade! Sinto saudades daquele país. E uma certeza: ainda há tanto para eu desbravar daquelas terras! Huaraz, Trujillo, os povoados de Ancash, a Cordilheira Branca, costa nortenha e Andes são meus próximos destinos naquele país. Além de Lima, é claro. Afinal minha alma pede, do Parque do Amor, admirar o Pacífico!



Recuerdos de un viaje

Hace dos años, yo viajaba al Perú. En las conmemoraciones de las Fiestas Patrias (28 de Julio), yo estaba allá, en la ciudad de Puno – encantada con aquella fiesta tan patriótica, con el pueblo tan sencillo, sin embargo tan afortunado cuanto a la cultura, al respecto a la patria peruana, al pasado, a la memoria Inca, además de la preservación de las cosas y enseñanzas del pasado. Ser peruano tal vez sea un poco de esto: respecto y orgullo al que es.

Cuándo de mi regreso al Brasil, me ha quedado un sentimiento: la añoranza! Yo lo extraño mucho. Y una certeza: yo aún tengo mucho a conocerlo! Huaraz, Trujillo, los pueblos ancashinos, la Cordillera Blanca, la costa norteña y la cadena de los Andes son mis próximos destinos en aquello país. ¡Además de Lima, sin duda! A final, mi alma pide, desde el Parque del Amor, admirarme el Pacífico!


28 de Julho, em Puno: Las Fiestas Pátrias/ 28 de Julio en Puno: Las Fiestas Patrias

Cidade de Huaraz: localizada no Departamento de Ancash, ao norte do Perú, está situada entre uma cadeia de montanhas, inclusive com picos nevados! Esta foto foi tirada por um grande amigo peruano, que vive nesta bonita cidade de Huaraz!  Obrigada por sua amizade, Samy!/ Ciudad de Huaraz: se ubica en el Departamento de Ancash, al norte del Perú, está localizada entre una cadena de montaña y picos nevados! La foto fue sacada por mi grande amigo peruano, que vive en esta hermosa ciudad de Huaraz! Gracias por tu amizade, Samy!

Laguna de Llanganuco, formada por águas decorrentes do derretimento de picos nevados. Por isso essa cor tão azul! / Laguna de Llanganuco, hecha por aguas venidas del hielo de los picos nevados. Por esto la cor tan azul! 

Huaraz e, ao fundo, a cadeia de Huascaran! / Huaraz y, al fondo, la cadena de Huascaran! 


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Viajar... Viajar...


Os filósofos engendram teorias acerca da liberdade do espírito, alguns afirmam que o espírito é livre na arte, outros que o espírito  é livre quando atinge o grau máximo da racionalidade... Eu afirmo que o espírito é livre quando viaja! Ao chegar de uma viagem , o homem nunca volta o mesmo, pois ele volta crescido de saber, de alegria ou tristeza, de imagens, de lembranças, de sabor, de memórias! Viajar é renovar as memórias da alma, ter memórias prazerosas ou não, mas ter memórias de um outro lugar!   Nesta viagem, escutei uma prece que me chamou a atenção: “que Deus nos dê tempo para conhecer o mundo... apenas tempo e o mundo”!
Abaixo, um trecho do Libro de los Abrazos, de Eduardo Galeano. Gosto muito deste autor, que escreveu “As veias abertas da América Latina” – livro que me instigou a viajar pela América Latina. E o mundo é isto mesmo, um mar de fogueirinhas... precisamos apenas de tempo, de tempo...


Puno, Lago Titicaca e Sillustani


Puno foi a última cidade que visitei. Antes de chegar a Puno, passei por Juliaca, cidade também divisa com Bolívia e que a principal atividade econômica é o contrabando! Puno, por sua vez, tem como principais atividades econômicas o turismo (principalmente envolvendo Lago Titikaka) e o... contrabando!!!!! Confesso que fiquei com um pouco de medo em andar por Puno sozinha, mas no final tudo deu certo! Com o passar do tempo, fui percebendo que as pessoas em Puno são adoráveis e muito acolhedoras! Puno é conhecida por ser uma cidade folclórica, tendo em vista que seus habitantes ainda praticam e preservam os hábitos e crenças dos seus antepassados.
Em Puno, visitei A Ilha de los Uros e o sítio arqueológico de Sillustani. Além disso, pude apreciar as festividades locais em comemoração às Fiestas Pátrias (28 de Julio). Abaixo, mais um pouquinho de fotos e relatos desta minha viagem ao Peru.

Lago Titicaca: é o mais alto e navegável lago do mundo, a 3810 metros de altitude. No Titikaka, estão as "Isla del Sol", "Isla de La Luna", "Isla Taquile", a "Ilha Flutuantes dos Uros", dentre outras. Esta última consiste numa ilha artificial feita de totora (uma planta parecida com bambu). Os habitantes dos Uros conservam o modo de vida de seus antepassados.

Embarcação utilizada para transportar os visitantes de uma ilha flutuante para outra: me custou 10 soles  este passeio para outra ilha

Esta embarcação é utilizada pelos habitantes dos Uros, menos "sofisticada"  se comparada à embarcação em que os turistas são transportados

Mulheres habitantes da Ilha dos Uros









Sillustani: Sillustani é um dos lugares mais incríveis que visitei. É o sítio arqueológico de um povo ceramista pré-inca, um lugar onde se realizavam sepultamentos. Lá estava bem frio, quase gelado e ventando muito. Parecia que ia chover: o céu escuro, o vento gelado, parecia o Apocalipse! Sillustani está ao lado do Lago Umayo e no terreno encontram-se várias tumbas pré-incas! Foi fantástico visitar este lugar! Fantástico!!






Lago Umayo




A cidade de Puno: as pessoas de Puno são muito agradáveis com os turistas! Em 28 de Julio, se comemora em todo o Peru as Fiestas Pátrias e, em Puno, se festejava na rua: bandeirolas penduradas, barraquinhas de Cusqueña, de anticuchos... Percebi que em todas as casas ostentava-se uma bandeira do Peru: a lei exige isto, caso contrário paga-se multa! Abaixo, algumas fotos das comemorações, da cidade e seu povo:

Isto é um táxi, comum em Puno e Juliaca

Festividade em comemoração às Festas Pátrias





Alpaca


Interessante modo de carregar as crianças!


Caminho de Cusco a Puno

Tão encantador quanto Machu Picchu foi o caminho que tomei em direção a Puno, cidade divisa com a Bolívia. Fui de ônibus, juntamente com vários outros viajantes, mochileiros ou não. Pelo caminho, fizemos cinco paradas, em povoados locais, igrejas e sítios arqueológicos. Além disso, passei pelo lugar com a altitude mais elevada até então: La Raya (estava um vento, um frio, mas o lugar é belíssimo). Lembro-me que, em La Raya, eu segurei um lindo filhotinho de lhama: tão fofinho!! 
Este caminho me fascinou, pois pude admirar os povoados locais, com aquelas pessoas que ainda vivem todo o legado religioso e cultural deixado pelos incas, além disso, naquele modo humilde de viver, guardam uma perceptível riqueza de espírito. Conheci, neste trajeto, uma mochileira argentina muito gente boa, que também viajava sozinha pelos Andes - fizemos uma boa amizade! A seguir, um relato sobre cada lugar que visitei nesta estrada até Puno:

Primeira Parada, Andahuaylillas: lugar onde se encontra a pequena igreja de San Pedro e San Pablo, conhcedida também como "La Capilla Sixtina da América". Em seu interior, há uma ostentosa decoração, em valor incalculável - quanto ouro!!! Mais uma vez, é visível a mescla do legado inca (na base de pedras da construção, por exemplo) com interferência espanhola, seja na quantidade de ouro na decoração, como também nas várias imagens católicas. A Capela estava em restauração e foi um dos lugares mais lindos que visitei nesta viagem ao Peru.

Andahuaylillas: A Capela Sistina da América


Segunda Parada, Raqchi: sítio arqueológico em que se encontra um templo dedicado ao Deus Wiracocha, da época incaica. Também encontra-se em Raqchi um grande número de construções residenciais, fontes de água e terraços, o que nos mostra que tal lugar foi um centro de peregrinação. Achei este sítio fantástico, bem como o povoado de seu entorno. Em Raqchi, tem um feirinha com lindos artesanatos para vender e foi lá que comprei um dos meus presentes da viagem: um tabuleiro de xadrez em que as peças são os incas contra os espanhóis - os cavalos contra as lhamas, os jesuítas contra os xamãs, o rei e a rainha católicos contra os imperadores incas, que possuem a cruz andina gravada em suas vestimentas... Fantástico!


Templo de Wiracocha, Raqchi



Terceira Parada, Sicuani: em Sicuani, paramos para almoçar e que almoço gostoso (muy rico!!) Comi uma sobremesa feita de quinoa, sementinha saudável e típica do Peru/ Bolívia. Também em Sicuani, tirei algumas fotografias com umas crianças peruanas: tão lindas e estavam comendo caramelos (balas)!!


Doce preparado com quinoa, sementinha muito utilizada no Peru e Bolívia
Este animalzinho dorminhoco seria um cachorro ou outra lhama? rsrs


Quarta parada, La Raya: ponto com a altitude mais elevada. Estava muito frio e ventando muito por lá. Como a maioria dos lugares, tinham artesanatos para serem vendidos, lhamas e habitantes locais com vestes típicas. Como já havia escrito acima, em La Raya eu segurei um adorável filhotinho de lhama! Além disso, em la Raya podemos apreciar os nevados das cordilheiras ao redor.


Ponto com a altitude mais elevada: que frio!! Que vento!!

Quinta e última parada, Pukara: em Pukara, havia um povo ceramista e há um museu que exibe as peças  líticas e cerâmicas deste antigo povo, que remonta a 1600 anos a.C.. Além disso, há uma pirâmide em Pukara, no entanto esta não está aberta para visitação, pois os arqueólogos ainda estão em trabalho de pesquisa no local. Pukara é um agradável povoado! Em cima dos telhados das casas, colocam-se os "touritos": existe a crença de que estas imagens dos touritos trazem prosperidade. 

Povoado de Pukara

Touritos 

Objeto lítico da cultura Pukara, preservada no museu de Pukara

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Machu Picchu: eu fui!!!!!!



Machu Picchu encanta, fascina, renova as energias, é simplesmente mágico!
Não cheguei a Machu Picchu pela trilha Inca, mas sim peguei um trem que me deixou em Águas Calientes, povoado que fica ao lado de Machu Picchu. Para subir até Machu Picchu, fui de ônibus: o veículo vai subindo, subindo, subindo, num movimento em forma de zig-zag, numa estradinha estreita e empoeirada, até chegar no topo da montanha em que está Machu Picchu. O ônibus leva cerca de 25 minutos neste trajeto de  Águas Calientes até Machu Picchu (25 minutos subindo em forma de zig-zagl!!).
A viagem de trem durou cerca de três horas, mas as paisagens do caminho compensam todo esse tempo: montanhas nevadas, populações camponesas, vegetação, o Rio Urubamba... Tudo muito encantador!
Mas a melhor visão estava por vir: quando me deparei com aquela imagem panorâmica de Machu Picchu eu desejei que o tempo parasse, só pra eu ficar todo o tempo do mundo contemplando tudo aquilo! Visitar aquele lugar revigora a alma!

Intihuatana: acredita-se que era utilizado como calendário astronômico.  Além disso, acredita-se que este monumento  detém poder de energizar as pessoas... e tem mesmo! Eu passei minhas mãos perto deste monumento de pedra e me senti com um espírito mais forte, entretanto mais leve!


Visão panorâmica de Machu Picchu, a cidade entre as nuvens



Templo das Três Ventanas

Templo do Sol

Terraços cultiváveis: extremamente úteis num terreno tão inclinado e de clima úmido



Adoráveis moradores de Machu Picchu: estava alimentando o filhote!